Volto a escrever neste pequeno pedaço do 
cybermundo-imundo, hoje, para vos propor algumas problematizações, 
dodîno druguis. Dirigirei umas 
slovos de 
toltchoque que julgo pertinentes à 
meritocracia que tenho 
videado presente em meio aos 
nadsats e à esquerda em geral, assim como, se possível, a algumas posições nitidamente 
starres de meus próprios druguis com as quais me tenho chocado.
   Por estes dias, ("ó meus irmãos,") deparei-me com o discurso de uma 
devotchka que fez pular todo o meu desejo por 
ultraviolência. 
Esquezetava ela pretendendo que as líudes que se engajaram recentemente aos protestos e manifestações de um determinado grupo organizado tivessem menos direito a 
galoz que os mais
 starrezinhos, na ideia de que os últimos possuíam maior mérito. "Ora," messeiei eu com meus botões, "se te dás à meritocracia, querida drugui, sugiro que vás militar junto à direita" (esqueci por um momento - e peço perdão, hehe - que a direita não propriamente "milita"). Se "perdoáreis" o 
malenque porém 
voni ódio por trás de meu 
messel, pretendo dialogar com meu antigo 
texto sobre meritocracia¹ ("Culpa? Vish! Desculpa, Sociedade...") e também lho complementar, para construir uma discussão interessante e mais 
teen.
  
   Na base da praxis revolucionária que adotamos em nossas 
djisnes, meus queridos, está o descrédito à meritocracia burguesa. Ela trabalha como se houvesse uma essência "à parte" nos seres humanos (talvez a alma, dada aos mesmos pelo 
carneirinho)², 
dobóg ou 
dodrûs, intocável ao contexto, que define seu comportamento e sua "relação com o meio" (admite-se, nessa concepção, uma conveniente diferenciação entre o sujeito e o mundo). Assim, o ser humano é culpado ou digno de mérito a depender de seu comportamento, suas decisões, as que faz "apesar do meio". 
Ignora-se que o sujeito é processo deste mesmo meio, 
videando-se o primeiro como agente numa "interação" com o último e nunca como seu produto. Essa distância do ser humano de sua materialidade imagina-o, ainda, como um jogador, num jogo onde as regras são iguais para todos e todos têm as mesmas condições (afinal, esse não é o jogo do mundo material - o sujeito está 
plusdistante do mesmo!).
   
Messeio ser 
videável que a adoção da exposta concepção de "psique" tende a reproduzir os messéis mais risíveis da direita conservadora. Falta, entretanto (e apenas 
geralmente), é aprofundamento suficiente para compreender a igualdade de premissas entre nossas afirmações exemplos (A e B), abaixo:
A) "a culpa é da classe média, que tem condições para compreender os problemas da sociedade mas nada faz" 
tem mesma concepção de "psique" (quanto à "relação com o meio") de
B) "a culpa é do pobre, que não quer economizar, trabalhar duro e 'ascender socialmente'".
   Tanto em A quanto em B verifica-se uma crença na existência de algo no sujeito alheio à "materialidade": tanto a classe média pode 
ter as condições necessárias para compreender os problemas sociais e, ainda assim, 
não compreender, quanto o pobre pode 
não ter condições para ascensão econômica e, ainda assim, 
ascender. Agora, meus queridos druguis, eu vos pergunto: se não é a condição "material" que determina tais fatos (ou mesmo todos os fatos), o que será?
Por certo, há de ser Aten, nossa dobóg e querida divindade.
   Cansado agora, ("ó meus irmãos,") recolho-me agora a 
espatar (que, pois é, ainda vôn 
espatei), e deixo a proposta crítica à acomodação de alguns de meus druguis para uma próxima oportunidade.
   Abraços calorosos e cheios de genitalidade, com muito amor a todos vós e esperando que tenhais matado a saudade ("que presunção!");
  
Romeu.
PS.: Possivelmente ainda corrigirei este texto, então perdoai-me, meus amados, se relêreis este texto diferente amanhã ou depois;
Notas:
1- Entendo que as conclusões feitas a respeito da culpa podem ser invertidas (trocando-se os resultados materiais moralmente indesejados, presentes na culpa, por resultados agradáveis à moral) e aplicadas também ao mérito;
2- O exemplo dos seres humanos é especialmente comum e infestado de afetos contraditórios, mas o mesmo aplica-se também a todos os frutos da cultura e/ou à própria, como um todo.