quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Devaneio da vida

Somos a anomalia da matéria e devaneio da vida. Olhamos para dentro de nós. Nossas previsões se ligam inexoravelmente ao passado. Todo futuro é uma projeção com o objetivo de controlar a repetição. Quando a repetição é incontrolável, abrimos mão do futuro. 

Mas sempre é possível fazer outra coisa. Sempre e possível controlar um pouco. Não Desistir.



sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Ódio de si mesma, culpada de existência, Lilá das anarquias

Uma esperança pode viver como uma borboleta e morrer como inseto sem contradição. 

Toda vez que volto aqui, é o pesadelo que retorna, é o mal-estar generalizado.

São as crises.


Mas culpada de existência, por essa eu não esperava

Cuidado que tive

Tentando ser somente Lilá das anarquias, Lobo engolido há muito tempo

Lobo digerido e cagado

Lobo no inferno

Culpado de existência.

 

Mas morrer e ir pro inferno

Isso sim é uma contradição

E quando o inferno é objetivo

Ninguém, ninguém, ninguém duvida

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

    Ansiosa, depois de tanto tempo, depois de ter descoberto tanto sobre mim mesma. Esse é o destino de Lilá, a desiludida. De volta ao velho e infame pedaço de terras virtuais, tentando lidar com a angústia. Angústia que agora carrego como minha, lobo que engoli, unhas que rasgam ainda a minha garganta.

    Volto e admite-se identação nos parágrafos.

    Im-

    Pressionante

    Um jeito engraçado de dizer que agora vivemos sem espaço-espaço-espaço. 

    Crescida e tentando ainda ser adulta, sentindo-me uma fraude, à margem ainda de Alba, a motoqueira. Sentindo-me muito mais Alziro, o carona. Mas o Ziro tinha as suas belezas, é preciso admitir, assim como eu acredito ter as minhas.

   Eu adiciono automaticamente, sem querer, espaço-espaço-espaço.

   É mesmo um jeito engraçado de dizer o que faço neste pedaço.