segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Toda interioridade possível é uma desorganização possível.

Todo sistema possível, um núcleo de culpabilização possível --- toda imagem possível é um dado possível, 1 x \infty de relações causais possíveis.

Eu fabriquei tantas interioridades quanto pude. E preenchi-as com vida --- enchi seus drives de documentos, pastas, imagens, anotações... uma confusão em cada uma. De alguma forma, o meu corpo tem de se ver com todas elas.

A união de duas interioridades sempre produzirá uma síndrome depressiva?
Toda organização é uma união por princípios de identidade?

Cada conjunto de coisas numa pasta. A identidade é só uma ferramenta para acessar rapidamente. A identidade tem sua ficção admitida e tomada como máquina.

Não será também isto uma forma de sobrecarregar-me de interioridades...?

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Sentimento profundo do Submundo

Oh, sim, rapidamente, rapidamente,
é necessário tomar breve nota pois ontem a imagem surgiu
tudo funcionando bem, a imagem recortada sobre a cama organizada, coração bem, pulmões bem, tudo bem.

Na interioridade, uma história, um sonho e um beijo. Beijamos. Uma pessoa especial. Que função cumpria? A menina "do vestido da cor da romãzeira". Cumpria mesmo uma função? No meio da funcionalidade, Freud disse que as imagens do dia podem ser apenas roupagens para o que realmente importa (isso pra ele se coloca em termos de papai-mamãe-ego-falta -> 3+1). Se quisermos colocar a funcionar o regime do 4+n, podemos pensar num órgão respeitável como o cérebro produzindo suas respeitáveis organizações. Um beijo, que seria? A imagem, que seria? Aquela imagem... aquela pessoa... termos nos lembrado dela como alguém tão inacessível (alguém com quem esse encontro de lábios é uma conexão de realidades algo cindidas... --- de fato, essa cisão só pode ser aceita na medida em que é imaginária).
E temos uma interpretação...
aplausos.
Mas não só isso!
A cisão não é apenas imaginária, ela é também política. A saber, só não tanto quanto a política é imaginária (risos).

Mas rapidamente! ....
Queremos beijinho.
Conectar o mundinho.
Tão distante, tão incolhidinho.
Com o castelinho loiro de olhos azuis? Não só isso. Com o mundo desencolhidinho.

Será o beijinho a única ponte possível? Como desencolho o meu mundinho?
Nada feito dessas interrogações que ficam cartesianas até quando enunciadas pelo bebê.

O sentimento profundo do meu submundo.
Que potências ele guarda? As tenho sentido...
E a pergunta broxante: como desejar outra coisa? Por que eu quero o que eu quero?