domingo, 31 de julho de 2016

Notícias de mim e primeiros investimentos de uma Genealogia do Amor.

   A quem possa interessar, digo que estou bem e continuo pulsante, cheio de vida. Também que, até agora, sinto apenas uma sutil saudade da pessoa que se afastou há alguns dias... é como se ela não quisesse vir toda de uma vez... a certeza de que retornará, de qualquer forma, me acalma, e dormir imaginando sua presença, sabendo que ela virá, tem a ver mais com um delicioso conforto do que com uma saudade desesperada.

   Já foram tantos textos sobre amor por aqui que hesitamos em falar disso novamente. Desejamos, porém, atualizar o assunto através de nossas experiências recentes e, também, com uma certa retrospectiva. Abri todos os textos nossos que achei que falam de amor: são 15 textos, cuja relevância precisarei rever e que aqui me limitarei a listar, construindo uma sinopse com base em breves leituras e lembranças.

   Dîn: partes I, II e III. Escritas por Romeu, em sua linguagem esquisita (que é parcialmente explicada e traduzida num dicionário que podeis encontrar na barra superior deste blog). Tratam o amor como união e desejo pelo bem do outro.

   http://notchifeliz.blogspot.com.br/2012/06/din-parte-i-shakespeare-morto-romeu.html
   http://notchifeliz.blogspot.com.br/2012/07/din-parte-ii.html
   http://notchifeliz.blogspot.com.br/2012/07/din-parte-iii-humanos.html

   O Grande Coração. Parece comunicar um desejo por novos objetos e formas de amar. Reclama da repetição do amor por Idîn.

    http://notchifeliz.blogspot.com.br/2013/11/o-grande-coracao.html

    Romeu Morto. Abre mão da denominação anterior, "Romeu", e passa a chamar a drugui Idîn de Koshka, esperando que essa alteração lhe traga novos amores. Abre mão de uma "fixação do amor num conceito filosófico fechado e vetor de uma teleologia" (sic.). Deixa-o impreciso, porém "no campo do sentimento".

    http://notchifeliz.blogspot.com.br/2013/12/romeu-morto.html

    Anti-amor, desejo. Desiste-se da palavra "amor" por tudo de conservador que a ela está associado. Elege o anti-amor como representante desse movimento e o desejo como nova forma de dizer de algo que sente sem encapsulá-lo na palavra.

    http://notchifeliz.blogspot.com.br/2014/02/anti-amor-desejo.html

    (CONTINUA)

http://notchifeliz.blogspot.com.br/2012/11/emersao-raiva-e-amor.html
http://notchifeliz.blogspot.com.br/2014/03/boletim-de-reapripriacao.html
http://notchifeliz.blogspot.com.br/2014/03/nao-havera-desposo.html
http://notchifeliz.blogspot.com.br/2014/08/abolicao-do-objeto-de-desejo.html
http://notchifeliz.blogspot.com.br/2014/10/de-amor-como-falar-depois-de-tudo-tanto.html
http://notchifeliz.blogspot.com.br/2016/06/uma-primeira-nota-de-apaixonamento.html
http://notchifeliz.blogspot.com.br/2016/06/uma-segunda-nota-de-apaixonamento.html
http://notchifeliz.blogspot.com.br/2016/06/uma-anotacao-neste-dia-de-apaixonamento.html
http://notchifeliz.blogspot.com.br/2016/06/nota-numero-quatro.html

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Espelho cristalino,
Veneno da coragem

    Do Romeu ao Lobo, este blog foi tentativa de criação com a vida para além da reprodução do já dado. Embora tenha beirado à desistência, este espaço do cybermundo-imundo, como o chamamos há tanto tempo, destinava-se, de alguma forma, à produção de alguma forma libertária de subjetividade.

    A psicologia desvirtua. A psicopatologia, em especial, aniquila: que as formas de subjetividade que mais me deram saúde sejam hoje, por minha própria mente, associadas a estados de mania ou hipomania é um quadro duro e trágico. Que os usos de saber possam envenenar a vida, parece um aprendizado simples e útil embora, convenhamos, digno do status quo em ciências humanas.

    Quanto foi libertário o uso intransigente do discurso reichiano? E quando foi libertário o uso intransigente do discurso científico? Um excesso da crítica epistemologicamente fundada parece atravancar a vida... algo da ordem da obsessão parece tomar o lugar da experiência. Que faremos? Todos os nós, nesta assembleia (os convoco: Jeisu, Rûs, Romeu, Lilá, quem vier, máquinas errantes de um Infra-Ego...) lembram que algo único parece brotar da experiência do enfrentamento radical. Isso queremos reativar: ideal forte de coragem orientada pelo que houver em nossas mãos, em nossos corações.
     E nosso principal problema parece ser a dependência de um outro para empreender tal tarefa... dúvidas mil nos surgem... teremos finalmente destruído nossa neurose? Estaremos flutuando ao sabor do desejo do Outro? Não se trata disso, argumento eu. Nossa tarefa é dolorosa e que precisemos de ajuda parece-nos antes um traço de humanidade.

    Que viva o Espelho Cristalino do Infra-Ego.