sexta-feira, 29 de julho de 2016

Espelho cristalino,
Veneno da coragem

    Do Romeu ao Lobo, este blog foi tentativa de criação com a vida para além da reprodução do já dado. Embora tenha beirado à desistência, este espaço do cybermundo-imundo, como o chamamos há tanto tempo, destinava-se, de alguma forma, à produção de alguma forma libertária de subjetividade.

    A psicologia desvirtua. A psicopatologia, em especial, aniquila: que as formas de subjetividade que mais me deram saúde sejam hoje, por minha própria mente, associadas a estados de mania ou hipomania é um quadro duro e trágico. Que os usos de saber possam envenenar a vida, parece um aprendizado simples e útil embora, convenhamos, digno do status quo em ciências humanas.

    Quanto foi libertário o uso intransigente do discurso reichiano? E quando foi libertário o uso intransigente do discurso científico? Um excesso da crítica epistemologicamente fundada parece atravancar a vida... algo da ordem da obsessão parece tomar o lugar da experiência. Que faremos? Todos os nós, nesta assembleia (os convoco: Jeisu, Rûs, Romeu, Lilá, quem vier, máquinas errantes de um Infra-Ego...) lembram que algo único parece brotar da experiência do enfrentamento radical. Isso queremos reativar: ideal forte de coragem orientada pelo que houver em nossas mãos, em nossos corações.
     E nosso principal problema parece ser a dependência de um outro para empreender tal tarefa... dúvidas mil nos surgem... teremos finalmente destruído nossa neurose? Estaremos flutuando ao sabor do desejo do Outro? Não se trata disso, argumento eu. Nossa tarefa é dolorosa e que precisemos de ajuda parece-nos antes um traço de humanidade.

    Que viva o Espelho Cristalino do Infra-Ego.

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