quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

    Olhar e enlouquecer. Ver é sentir e é enlouquecer. A imagem dói. Ela trai.

Retomo

Há muito muito tempo.

É quase uma eternidade. Um cérebro funciona; um processo cognitivo explica algumas coisas; depois volta-se contra si mesmo e percebe que, as explicações, ele as inventou a partir de alguns "dados". Mas - até porque também tem coração - ele toma essas invenções, como todas as outras, para que lhe ajudem a lutar.

Primeiro. As máscaras não se tornaram oikas (interioridades-por-gerir) por acaso. As contas google. Os drives. Foram decisões de viver muitas vidas. Fazer rede num único corpo. A partir destas linhas sabemos que não é tão interessante fazer isso. É preferível que todos nós - que podemos ser trazidos para cá - sejamos plenamente mortais (ou mesmo anjos da morte - pulsões em direção aos não-vividos são pulsões de diferença, de desindividuação).

Segundo. Os momentos de produção das máscaras foram momentos muito interessantes. O problema não foi o nascimento do Lobo, o nascimento da Lilá, nem mesmo do Romeu e do Rûs. Tudo isso foram fugas, em algum momento. Passagens de vida, se quisermos. E acreditamos poder utilizar essa tecnologia tão melhor quanto for possível evitar a transformação da passagem de vida numa espécie de "eu".