domingo, 7 de agosto de 2016

Potência e limites do que seja a subjetividade

    Obs.: tentar lembrar de por que escolhemos esse título... era sobre o tema que apontamos com a flecha logo abaixo. Ele parece se dividir nessas duas questões: qual a potência da afirmação da subjetividade? Quais seus limites? Para nós (é preciso explicar rapidamente): uma afirmação de subjetividade não pode ocorrer para além da descontinuidade da realidade no que ela é atravessada pela normatividade vital (bios); assim, toda subjetividade é plenamente sujeitada às contingências, sem estar, ela própria, excluída de maneira alguma dessas mesmas contingências. E parece que seu efeito "subjetivo" é justamente uma apreensão "consciente" de que sua normatividade está incluída na determinação do real.

    Este texto continua o Espelho Cristalino e não os meus esforços para constituir uma Genealogia do Amor. A quem deseja saber desta segunda, restará portanto aguardar nosso próximo texto. Sobre ela, entretanto, quero pedir paciência a quem nos lê: primeiro, pelo que eu já disse (porque não será desta vez que se poderá ler sua continuidade); segundo, porque retoma inúmeros textos, sem necessariamente concordar com eles e, na verdade, discordando profundamente da maioria; terceiro, por constituir-se, sobretudo, numa revisão das reflexões de um amante amargurado sobre seus sofrimentos (mais do que numa pesquisa que procure fazer sentido para algum "público geral").

    Mas a anotação que neste texto eu pretendia era a seguinte:

    => O tema subjacente à maioria de minhas reflexões tem sido, sem que eu o perceba, a posição do paciente de qualquer clínica, assim como a posição da subjetividade diante de qualquer norma. Preciso empreender uma longa reflexão a respeito da natureza da liberdade, e a bibliografia brota como lava fervente nos meus pensamentos: Walden II e o texto teórico skinneriano cujo nome não recordo e que trata da liberdade; O Nascimento da Clínica (Foucault); textos do socialismo libertário latinoamericano sobre o que sejam a liberdade, a rebeldia, a individualidade, a subjetividade; Os dois primeiros seminários de Lacan...

   No interior das reflexões técnicas que toda vez me assolam, surge sempre a relação liberdade-norma, quase como se fosse espontaneidade-norma, quase como uma fenda onde minha reflexão critica mas não consegue superar o medo, a tradição, o instituído.

   Preciso lembrar de seguir por esse caminho. Também tenho que lembrar do vínculo disso com uma pesquisa que estamos construindo, uma ideia de artigo que tivemos [refletir sobre a função desse artigo], e lembrar de utilizar a Ferramenta de Reflexão NSP a/b [também lembrar de adicionar essa Ferramenta à nossa página de Maquinaria Rebelde]. A hipomania confunde-se com a compulsão e sabemos que é hora de dar tchau.

   Abraçocaas. <3

   PS.: também preciso recordar de considerar minha implicação enquanto paciente (de análise), militante-paciente (de SUS e de Besta) e militante nessas questões (posição do paciente, posição de sujeição/subjetivação em relação à norma, etc.)