terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Romeu Morto

   Interrompo o processo de parto de um texto mais ou menos abstratamente filosofante - sobre culpa x responsabilização - para escrever sobre como tenho escrito mal minha história.

   Há muito tempo tenho sido Romeu, aquele que aqui vos fala, mais ou menos indiscriminadamente. Romeu é dodîn, plusteen, maltchique, forte e dobógisôm, é o que eu quis ser num dado momento. Romeu é meu Tyler Durden e, forçando um pouco para aproveitar o intertexto, eu diria que este escrito é um belo tiro em minha própria rot.

   A linguagem que criei para este blog já não dá conta do que venho messeiando. O jóg-dolãn me prende a palavras cuja história foi escrita pessimamente, sendo a principal delas a que usei para designar o amor, "idîn". O que aconteceu, nesse caso, foi que Romeu elegeu sua Julieta e ousou nomeá-la com essa mesma slovo... O efeito disso foi uma monopolização do coração de Romeu, em que o amor tornou-se exclusividade daquela que chamei de Idîn. Então essa é a primeira correção que quero fazer aqui, e faço publicamente para dar força à transformação que quero que aconteça: não mais quero chamar essa drugui, como até aqui chamei, de Amor, nem mesmo como a chamava anteriormente (Lôn-Lên). Anuncio que seu novo nome, aqui, será Koshka - um nome que pode ou não ser aceito, e respeitarei essa decisão.

   Outro erro que quero corrigir na escrita de minha história é a fixação do amor num conceito filosófico fechado e vetor de uma teleologia. Mas vôn estou pronto para estabelecer o que é idîn. Deixo-o indefinido, impreciso, livre de demarcações territoriais rígidas, mas no campo do sentimento.

   Por fim (não quero prolongar-me muito neste texto, tenho ainda o que fazer nesta notchi), quero dizer que abandono, eu mesmo, o nome de Romeu, criado com base na supracitada teleologia do amor, em benefício do nascimento de um novo devir, que não mais será orientado por uma naturalização desse gênero.

Abraços, meus queridos.
Amo-vos com o amor-sentimento.

Ps.: Ainda não sei como vou assinar. Concedei-me, desta vez, o benefício do anonimato. 

Agradeço.

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