domingo, 27 de abril de 2014

Com amor, Lilá.

    A gente topa ser chata em muitos momentos e isso é irritante, às vezes.
    Podemos ficar com aquela sensação de que preferiam que não estivéssemos aqui. Depois pensamos em identificação projetiva e então somos xs culpadxs novamente.

    Eu estava pensando em alguma coisa mais interessante do que isso durante a viagem, mas agora isso deixou de existir porque... ah, não, mas eu lembrei. O ambiente fica melhor.
 
    Agir amorosamente é agir de forma a produzir amor (ou seja, agir amorosamente é repetir a atitude edipiana-bem-resolvida — o velho abrir mão do objeto "pela civilização"). Garota, lembre de você sendo legal com um filho da puta e sentindo aquela sensação de contensão comportada, integração e, em cada uma das pontinhas, respectivamente, tristeza e raiva.
    Do ponto de vista dessa Lilá de agora, euzinha, é assim. Essa sensação não é do nada.

    Contudo, a opção desintegradora, a opção desjuntiva... ela não tem servido à convivência. É o que me parece. Especialmente porque todos esses movimentos se apegam com afinco extraordinário a essa palavra o tempo todo: "Amor", "+ Amor", "Amor primeiro", mas também "Ame-o ou deixe-o", "Ama ao próximo como a ti mesmo", etc.
    Além disso, o que é mais evidente, segregamos a esquizofrenia. Mas não sei se isso importa tanto nesse argumento, já que a gente segrega tudo o que é funcionamento diferente.

    Mas o Lobo tem muita raiva disso tudo e, como é de se esperar, eu (con)tenho a raiva dele. Temos raiva dessa tirania da integração, temos PROFUNDO ÓDIO, apesar de conseguirmos levá-la tão adiante em cada coisa.

    Pode ser o funcionamento do compulsivo, de um ponto de vista mais esquizo.

    Olha como acabamos produzindo coisas tão desinteressantes, meu lobinho. É por isso que te soltamos.

    Lilá-Hugz, como diria o falecido.

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