terça-feira, 8 de julho de 2014

Cemitério

    Estamos aqui para restabelecer comunicação.
    Primeiro, no sentido em que a esquizo-análise não comunica. Não está comunicando conosco e é como se tivéssemos que traduzi-la, ou, na verdade, porque falhamos em entender para que ela serve. Chega disso e estamos realmente furiosxs.

    Queremos que morra todo filósofo que sente a própria potência num saber incompreensível.
    Queremos que morra esse marxismo do desejo que o afasta da multidão. É de nosso ódio que estamos falando, você entende?

     Estamos nos tornando absolutamente incompreensíveis graças a uma forma de saber que não sabe absolutamente nada e que não funciona para o que queremos. Olhando por aí enxergamos: não há nada. Esse saber permanece produzindo segredos: Deleuze e Guattari, à noite, masturbando suas mentes, suas malditas máquinas desejantes, produzindo interpretações que odiamos profundamente nesse momento - ainda que sejam interpretações de funcionamentos.

    Como funciona?
   
    "Funciona com pele-mão-olho". FODA-SE.
    Faça sua revolução com base em pele-mão-olho se você quiser. Goze de como você é incompreensível pra toda essa gente que você quer colocar em processo, incluir no seu processo ou em cujo processo você quer estar também.

    Crie o seu próprio código-secreto, como fizeram Romeu, Freud, como estivemos fazendo.

     De agora em diante, CUSPIREMOS em cima disso.

    Morrem Lilá e o Lobo, identidades vazias, filhas de uma bipolaridade que não admitimos mais.
    E suas moléculas, no sentido compreensível de moléculas, alimentarão a nossa terra.
    
    Abraço.

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