domingo, 13 de julho de 2014

Recorte qualquer de intensidade sem segredo.

   Estivemos pensando em desativar este blog. De qualquer forma, é apenas como se fosse nosso diário. Um diário que tornamos público, que endereçamos ao "cybermundo-imundo" (como chamado por Romeu). E nada mais funciona como funcionava, mas continuamos aqui.

   Nem mais queremos dizer se somos pata de lobo ou mão de humano ou coração partido e morto. Tudo funciona aqui e ao mesmo tempo... brincar de identidade teve sua graça e a nova brincadeira é a da não-identidade. E isso não é segredo nenhum: é abolir nossa vontade de identificar para permitir que coisas inesperadas e não prescritas apareçam nesses "nós". São suposições simples:

    a) que os nomes podem carregar alguma coisa que não queremos (como uma prescrição: o que esperamos que Romeu faça? o que esperamos que Romeu evite fazer? Poderia ser... comportar-se como Jesus, por exemplo, e ignorar sempre o seu sexo).
    b) que essa coisa do "item a" pode acontecer mais ou menos "conscientemente" - no sentido de apropriação, e nunca como se isso supusesse complexos ou divisórias na sua "psique" (nem mesmo supõe uma psique).
   c) que a identificação acontece nas práticas - são práticas de identificação - e portanto que romper com a identificação implica em construir outras práticas que não sejam essas de identificar.
   d) que uma possível prática que abole nossa "individuação fechada" (que é uma identificação num nome de indivíduo - um nome próprio como "Lilá") é escrever "nós" independentemente de quem estiver escrevendo... e apenas dizer como as coisas tem funcionado ou estão funcionando, dizer alguma coisa dos corpos ao redor ou da organização das coisas, enfim, das intensidades codificadas, quando isso for interessante.
    e) Não é como uma prescrição: "não identifique nada, não codifique nada!" <- Isso seria uma merda - assim precisamente identificada. Rsrsrs
    f) A questão é usar as coisas ao nosso favor e nos permitir abolir umas coisas simples já que são tão simples. Perdemos tempo com isso porque fazemos uma crítica muito abrangente de tudo isso que se chama por aí de "cultura". É por isso. Enfim. Então está feito.

    Abraçocas!

    (um registro - estamos felizes \o//)

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