segunda-feira, 23 de julho de 2012

Umas Denominações e Um Recado aos Nadsats.

Olá, caros Druguis. Sem demorar-me muito, quero estabelecer algumas denominações que eu creio que hão de ajudar-nos em nossos messeamentos neste pedaço um pouco menos voni do cybermundo-imundo.

Começo com uma nova definição para Nadsat. Sugiro passemos a chamar de nadsats os jovens de nosso mundo que agem indiscriminadamente de forma starre. Isso significa não ligar para tornar-se starre, Druguis. Significa não dar a mínima para conservadorismo, ser igual a P e M, dar o cu para O Carneiro, ENVELHECER - envelhecer por dentro ou por fora, na mente e no espírito ou no corpo. Sugiro-o justamente por causa da próxima proposição.
Chamemos a nós mesmos - nós, que presamos a juventude, que não queremos nos manter iguais sempre (conservar), mas sim ser melhores a cada dia (progredir) e que portanto queremos ser jovens em essência - de plusteens, (", oh meus irmãos"). Assim fazendo, estaremos mostrando mais claramente o que somos: não somos apenas jovens por felicidade cronológica, mas porque assim queremos ser. Queremos ser jovens, muito jovens, vivos, aptos à mudança, ao aprimoramento, à melhora e a enfrentar aquilo que nos impede de ser exatamente o que queremos. Isso é plushorrorshow e acredito que mereçamos ser chamados de plusteens. É claro que essa denominação não precisa ser exclusiva dos jovens também cronológicos... messeio que possa estender-se a todos os jovens progressistas de espírito, mesmo que cronologicamente "starres"... a juventude psíquica deve garantir-lhes, no mínimo, uma pequena e relativa juventude somática, de qualquer forma.

Quero agora dirigir-me a todos os Nadsats que messeiam que precisam esconder-se sob um padrão cultural e odiar os restantes, Druguis. Quero esquezetar: "não precisais disso", "ódio é inútil" e "messeai novamente aqueles princípios que vos levam a crer que um padrão cultural é superior ao outro". Sois mais parecidos com vossa essência quando não estais mascarados, tenho certeza. Além disso, os vossos reais druguis raramente irão expurgar-vos se não tivéreis aparência completamente tendenciosa (numa tendência grupal, como vestidos de punks, góticos, metaleiros, etc.), mas as demais pessoas (que provavelmente não são tão aptas ao amor e tão abertas quanto vossos druguis) estarão mais abertas a vós se vos mostráreis mais "normais" (ou seja, dentro da norma, mais dentro da maioria, mais alinhados ao sistema em aparência). Abraçar aquele que precisa ser revolucionado funciona melhor do que enchê-lo de toltchoques, caros druguis. Falo isso após ter tentado ambas as estratégias.
Especificamente sobre a superioridade de um padrão cultural sobre outro, creio que o erro consiste, em geral, em supervalorizar a complexidade, como se ela fosse essencial à felicidade, ignorar circunstâncias e tomar inconscientemente o idrûs como ontológico. Se a arte consiste numa expressão do ser, aqueles que adotam um padrão cultural têm afinidade com a expressão do artista, e expressam, ao aderirem ao mesmo, tanto a parte do seu ser que une-se à expressão do autor(coincidindo com a mesma) quanto a própria união a ela. Por que razão uma união haveria de ser pior do que a outra? A qualidade da cultura deve ser análoga à expressividade da mesma? E se tal expressão varia conforme o interlocutor (o que não quer dizer nada para mim pode querer dizer muito a ti, certo-certo, caro drugui?) como podeis dizer que VÓS determinais essa qualidade? A mensagem cultural pode sim ser de progresso ou de conservadorismo para a maioria das pessoas, mas isso não a torna ontologicamente ruim: PROGRESSISTA MESMO É CONSEGUIRMOS OBTER COISAS BOAS, ATRAVÉS DO AMOR, DE TODOS OS SERES QUE NOS CERCAM, INCLUSIVE AS EXPRESSÕES CULTURAIS.

Amo todos vós, queridos e lindos druguis, nadsats, starres e plusteens.
Grande abraço,
                          Romeu.

2 comentários:

  1. O que tu achas sobre terrorismo e sobre o fato de proverem de países autoritários?

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  2. Olá, drugui Mouton.

    O que penso sobre o terrorismo?

    1º: é uma demonstração de desamor (vôndoidîn ou dovônidîn) muito forte, quando um ser se permite destruir os seres a ele semelhantes - aos quais, em teoria, ele une-se mais facilmente - em massa.
    2º: creio que está associado a uma neurose fortíssima... e/ou patologia. O pessoal se dispõe a morrer pela causa. Se são religiosos (e consideramos a religião como uma neurose da civilização), aí já videamos que tipo de neurose é essa. Se não são religiosos e desacreditam na vida após a morte, estão caindo numa neurose compulsiva plusdokal... se não haverá união ou felicidade após a morte, de que vale um mundo "revolucionado" ou "dominado"?
    3º: se o estado fortalece a religião pelo autoritarismo, fortalece a compulsão e a neurose da civilização nas mentes dos indivíduos arbitrariamente. Assim, num país onde os indivíduos tem seu iama comido pela religião MUITO MAIS DO QUE NO BRASIL, a vida após a morte é tomada como verdade plena muito mais, também. Morrer pela causa se torna algo "concebível racionalmente". Se a imposição dessa neurose bloqueia os sentidos, um passo está dado também no sentido da psicopatia.
    4º: ser devorado pelo autoritarismo gera raiva. Se o indivíduo entende neuroticamente o mal como ontológico, ele projeta o mal nos outros seres, constituindo ódio... que será expurgado através da destruição dos mesmos.

    Acho que é possível desenvolver mais. Mas gostaria de ler/ouvir a TUA opinião, doidîn Mouton, se a quiseres emitir.

    Abraços,
    Romeu.

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