Escrevendo poemas e ouvindo aquelas velhas canções ou vossos gemidos e pensando
Algum desejo tão forte que beira o delírio de grandeza, eu digo, não é falta de simbolização,
Vede como escrevo como vosso Messias sem o ser,
Vede como a imaginação ali permanece;
Se desejarmos demais, percebemos, teremos de provar nossa sanidade...
Saibam, contudo, que sabemos com angústia que não sabemos o quanto, de fato, não sabemos,
Que, angustiados nos divãs, nos perguntamos;
E agradecemos, desde já, por vossa outorga;
[Neurose]
Retomamos: que estejais dormindo ou gemendo, como estivemos também tantas vezes convosco,
Que assim estejam enquanto enlouquecemos, em busca de respostas para nossas inquietações desoladoras: nos fascina.
Nosso desejo é que essa cena toda seja vista e tratada com a honra que merecemos por nossa jornada noturna em livros e questionamentos.
Morremos nessa presunção.
Que vivamos, porém, da sinceridade de acreditar.
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