segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Série de prescrições

   A abolição do objeto de desejo surgiu com uma mudança de paradigma e de atitude diante dos estímulos aversivos condicionados. Talvez eles tenham descondicionado. Então estamos lidando com estímulos que podem exceder a lógica de reforçamento-punição. Mas tanto faz, sobre isso (ou seja, eles certamente excedem!).
   
    Sentir um si-mesmo, sentir o outro
    Não necessariamente nessa ordem.
    Sentir o corpo. O corpo é malditamente importante. E íamos esquecendo.
    Abolir a moral subjacente (?) à militância desesperada. Sem corpo não há militância.
   
    Abolir a dor necessária. Principalmente isso: desnaturalizar a dor. Falhar com o outro, decepcionar o outro e se desculpar, pedir desculpas ao outro e saber que o perdão dele não é perfeito.
    Negar o outro tirano.

     Negar o eu tirano.

    Qualquer coisa como uma série de prescrições pode ser mais válida do que uma doutrina de dor e sofrimento. Qualquer coisa como um "afazer" sem funcionamento prazeroso pode ser menos bom do que o socialismo soviético stalinista.

    Ninguém precisa funcionar como um relógio.
    Repetimos: não há militância sem corpo.
    Não há potência senão a do corpo potente.
    Não há corpo-potente sem prazer real-sensível.

    Não outro real senão aquele da máscara mínima do sensível médio, no centro da distribuição, na curva normal.

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