segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Luta Feroz Contra o Ingsoc

Saudações, druguis queridos. Ah, deparo-me agora com a frivolidade, com o gelo imposto pelo sistema: na sala de meu ijóg, estão meus consanguíneos, totalmente hipnotizados pela teletela. De qualquer forma, logo irão embora, já estão a despedir-se.
Minha avó acaba de entrar em meu quarto e ver como ele é cheio de crimideias e coisas subversivas (que ela deve estar imaginando serem símbolos do anticarnei... (...). Anticarneirismo, eu dizia. Tive de parar de escrever, pois um pessoal meio starre entrou no quarto do Amarelo, onde estou a escrever...

Todos já foram agora, então posso escrever com mais paz. O que quero dizer-vos hoje... oh sim. Creio que devo introduzir um novo e importantíssimo tema em meus textos: a Luta Feroz Contra o Ingsoc. Creio que devo começar por justificá-la. Aqueles que não sabem o que quero dizer com "Ingsoc" podem retornar ao texto "Um Abraço aos Druguis", onde explico esse termo.

   Na sociedade em que vivemos, somos oprimidos de dupliplusmútiplas formas. 
Somos oprimidos ideologicamente, pois nossas ideias não são levadas em consideração como pertencentes à mesma modalidade que todas as outras ideias. Assim, alguns grupos encontram-se ideologicamente beneficiados por fatores como a detenção de status e poder (principalmente o monetário) por aqueles que os divulgam. Já os grupos ideologicamente desfavorecidos são compostos por indivíduos que, nascidos muitas vezes em ambientes que não os proporcionam a livre reflexão e submetidos ainda à mensagem alienante que predomina na sociedade, recebem todas as informações como se fossem verdades absolutas, sejam elas religiosas, políticas, filosóficas/éticas, etc.
Somos oprimidos fisicamente por vários fatores. A polícia - ou boa parte dela - é uma força opressora e que, há muitíssimo tempo, deixou de servir ao Estado (que já é corrupto) para servir a si mesma, funcionando muitas vezes como meio para a expurgação de raiva para os miliquinhas. Além disso, todas as neuroses que engolimos tendem a somatizar-se e a tornarem-se bloqueios também físicos e a mercadoria que circula não é (nem se quer que seja, acreditai), nem de longe, benéfica aos indivíduos que a consomem:   é criada para servir de lucro e é a isso que ela serve. Não é ontológico que o mercado tenha a força para implantar a ânsia por consumo nos indivíduos e de sugar sua juventude com produtos alimentícios e farmacêuticos que os destroem: tudo isso ocorre através da dominação e do poder vertical.
   As formas de luta contra a opressão que foi brevemente explicitada oferecidas pelo Estado são, obviamente, construídas pelos governantes do mesmo - eleitos pelos indivíduos que o mesmo ajudou a neurotizar, destruir e alienar. Assim, é mesmo de se esperar que tais formas de resistência não constituam um meio eficaz de destruir a opressão que é, de muitas formas, perpetuada pelo próprio Estado. Funcionam, muito mais, como uma forma de enganar os indivíduos. Os mesmos messeiam, por exemplo, que votando em governantes x e y, cumpriram TODO o seu "papel social", quando, na verdade, apenas foram personagens do teatro que alimenta o Ingsoc. Além disso, a mídia e suas teletelas, controladas pelo mercado e baseadas no mesmo, expõem a realidade de forma tão superficial e enganadora que os indivíduos raramente percebem a opressão que se coloca sobre eles.

Paro de escrever, mas não publicarei este texto em partes. Publicarei-o inteiro. Portanto, o que lêreis até aqui foi a parte deste texto escrita no dia 19 de agosto de 2012.

Retomo a escrita, após ter feito algumas alterações no texto até aqui escrito, no dia seguinte ao dia mencionado acima... portanto 20 de agosto. Então "olá novamente" (",oh meus irmãos").

   Vivendo oprimidos como até agora expus neste texto, poucos indivíduos lembram-se da real felicidade: a felicidade infantil, a alegria despreocupada, simples, plena, o prazer de cada coisa, um bem-estar próximo da totalidade. Embora encontrem-se em uma situação em que, por causa dessa amnésia da real felicidade, considerem-se, muitas vezes - e de forma cômoda aos conservadores dominantes -, felizes, o controle social e mental a que estão submetidos os brasileiros e a maior parte da população mundial não deixa de ser verdadeiro. Precisamos detê-lo (", oh meus irmãos"). Precisamos destruí-lo, derrubá-lo e construir uma sociedade onde os indivíduos sejam livres, conscientes e unidos.
   Convoco, através deste texto, todos aqueles que AMAM, que, através da felicidade do outro, são capazes de sentirem-se também felizes, todos aqueles que acreditam que é possível e viável começar a luta agora e todos aqueles que já vêm lutando (e sei que, para estes, este texto foi apenas um "baaroç ideológico" e não uma exposição plusinovadora) para unirem-se a mim e a meus druguis pelo fim da sociedade onde reina a a submissão dos indivíduos.

Vôndoifinot baaroç e beijos, queridos druguis, daquele que vos dupliplusludîn,

Romeu.

PS: O próximo texto deve abordar questões metodológicas... entretanto, os druguis mais chegados já viram alguns passos serem dados. :)

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