terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Dîn

Diluído, descentrado, tão vasto,
quanto te dizem, estás sempre ao lado,
(Do lado errado)
Não,
quero dizer,
onde te querem.

Estás fora do fora, por isso em todas essas partículas, és tu mesmo,
Contingente como és.

Batata, quando digo e não é um tubérculo,
"Batata como és tu mesmo"
Batata de ser mesmo isso que eu disse que era mesmo
"Batata que és".

Longe como estás, frio às vezes e te busco,
Desenho-te na areia,
Traço tosco da forma que não tens
Da tua presença que, sem traço,
não me abandona, e te dou
presente que estás,
presente que és
meu
para os outros

Com quem te recusas a permanecer,
Doença vil que és,
Porque não ficas e porque
Eu não te entendo.

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