domingo, 12 de outubro de 2014

Explicação sobre o Encaminhamento de Investir a Máquina Conectiva

   Autoanálise em modo indivíduo (ativar! *tapa no morfador*)

   Dos mil pontos de vista pelos quais você passou, camadas de olhares:
   Um te vê como um animal de nicho barrado, transtornado, criado no cativeiro e mau caçador. Os outros olhares, ele os vê como magia, crendice antiga posta a funcionar e inventar mitos para fenômenos impressionantes.
    Aí você pode se tornar mais eficaz e fluente em colocar algumas máquinas hegemônicas pra funcionar de um outro jeito. Poderia ser um dispositivo personaGidade pra lidar com isso tudo. O jeito hegemônico de fazer é tratar a si mesmo como objeto a ser iluminado. O jeito "diferença-com-meta" é desconstruir e pensar as peças de subjetividade que você vai colocando com base em alguns referenciais. Mas o essencial: você vai trabalhar sobre sua máquina hegemônica de conexão para aprimorá-la, em algum sentido mais ou menos dado, no caminho ou antes de sair de casa.

   Estou sem meus óculos! Rs

    Outro olhar (ou são olhares, aqui?) te vê como um excesso de mamãe-papai. E você funciona sempre no mesmo teatro ancião cujo autor chamei de Rûs-Têm. Ele e sua "Ela", sempre em uma fantasia neurótica repetitiva, absoluta e amargamente capturante.
    Isso funcionaria com desinvestimento no Eu ideal, superinvestimento do Ideal do Eu, com ênfase em perdas fatais do objeto, perder pedaços de si no objeto perdido por autodepreciação culpada e supervalorizar o objeto como única saída para o corpo dominado.
    Ele vê os outros olhos como ouvidos tapados para o sujeito-estrutura indefeso, ou como dispositivos elevados à forma reprodução-absoluta com função definida pelos jalecos.
    Você pode então investir outros objetos, sempre outros, até que algum permita uma reconstituição de seu corpo imaginário por autoapreciação exitosa -- mas um investimento feito sem cuidado pode te marcar com o cheiro da "Ela" de Rûs-Têm, por exemplo. Você pode, por outra via, desfazer-se de "êxito" e "culpa", criar uma máquina conectiva que invista o performativo ao invés do ideal e ver o que acontece.
    Sem máquina conectiva, de qualquer forma, o vivo torna-se morto.

    Partindo das últimas coisas que aconteceram, o primeiro passo é reavaliar de forma que possamos parar de ruminar, ou desconstruir de forma que possamos parar de culpar.

    Que o tato e o olfato tenham sido máquinas de reprodução, foi isso. Foi maravilhoso porque é como um "finalmente", "então era isso!". Tudo bem que seja assim... mas a faca cortou pelo outro lado e sabemos aí também por quê. Não era o fim, não era "isso" (e nem queremos que seja, ora!), só um novo engodo pelo imaginário reprodutor-neurótico, ou pela percepção disfuncional deprimida.

    Avante.

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