quinta-feira, 2 de outubro de 2014

   Falar de amor, como falar, depois de tudo?
   Passamos tanto tempo aqui calados,
   Tanto tempo no túmulo em ti e em silêncio...

   Falar dos teus restos nos entremeios de nossos poros,
   Tua sensação, no que sobra em nossos sentidos,
   Entre a alma, lá é que estás,
   Entre a alma e a pele.

   Aí é que o toque qualquer, qualquer toque,
   O toque de hoje,
   É o teu toque. Na cela de nossas celas, lá estás,
   No vazio do nosso tato.

   Pingas por dentro que sou houvesses apenas,
   Houvesse apenas tu.
   Ali está tu. E te cobrimos de pele e de sangue corrente.
   Ali estás, infinitesimal migalha,,
   Pedaço de fogo.

    Queima minhas entranhas e polui os meus encontros,
    Vibra no meu centro como se tudo girasse no entorno,
   Sol do meu corpo, queimando a ordenar meus planetas,
   Estrela guia do horizonte diante dos meu olhos.

    Esmaga meu coração, doçura encantada do meu amor,
    Atrai meu todo ao redor, que assim podes,
   Faz-me o pouco ao redor, como sempre,
   Mas brilha pra mim, pra que em mim haja vida.
   Linda estrela, estrela escolhida!

   Romeu (psicografado)

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