terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Pais e Filhos

Olá, lindos.
Creio que o que hei de falar hoje seja um toltchoque para muitas líudes por aí. Jamais me importei em dar uns toltchoques progressistas, entretanto, então sugiro que essas líudes já comecem a se preparar para me dar seu perdão.

Bem... o que está a me preocupar é que videio muita gente com potencial plusteen ao meu redor sucumbir à força que a sociedade kal dá aos papais e mamães e se tornar starre por isso. O superpoder parental representa uma arma dada ao conservadorismo voni. É uma forma de manter o que é velho e impedir a eclosão do que é novo, mas também de tornar os nadsats submissos e impotentes diante de qualquer "olhar (ou videar) de repreensão". Esse videar de repreensão pode ser tomado tanto literal quanto simbolicamente: está representado nos gestos que denotam desamor, como um olhar de reprovação vindo dos pais ou de quem quer que seja, mas também na repressão e no preconceito de uma sociedade inteira, quando a mesma, enferrujada e cheia de dobras desnecessárias, desaprova qualquer coisa. Somos ensinados a temer o verbo que nos contradiga, a associar à dor um simples tom da galoz de nossos pais, professores, patrões, governantes e/ou líderes religiosos. Quais as bases dessa associação?
a) A expectativa do Castigo Físico: para a grande maioria das pessoas, a desaprovação paterna (e materna) foi demonstrada verbalmente ou simbolicamente em primeira instância, porém fisicamente em segunda. Assim, a desaprovação verbal torna-se o aviso de que o castigo físico poderá/irá acontecer.
b) A negação da perspectiva de Recompensa: ainda para a grande maioria das líudes, a aprovação dos pais representa uma recompensa em forma de carinho (amor) ou de quaisquer outros benefícios. A desaprovação representa, assim, a negação dessa possibilidade.
c) A associação simbólica ao desgosto, ao desafeto: o olhar de reprovação representa o contrário do amor simbólico, da vontade de unir-se ao ser que lhe agrada.
(Creio que existam outras associações, mas os itens acima já nos dão base para prosseguir, e a maioria das outras possibilidades pode ser reduzida aos mesmos.)
Enquanto o medo da desaprovação do outro nos induz à não argumentar, a desconstrução do temor ao olhar de desaprovação (simbólico e físico) é fonte de grande liberdade: torna impotentes contra nós aqueles que usam os símbolos do ódio como arma.

Seguindo adiante (não sei se me perdendo ou me encontrando nesta exposição), quero esquezetar que a manutenção do poder parental sobre o indivíduo quando este não mais depende intelectualmente dos seus pais é algo bastante questionável. Se dependência material é o que determina a total autoridade dos pais sobre os filhos, ao ponto de que lhes é permitido castigá-los ficiamente, em que isso é diferente de um regime escravocrata? Além disso, por que motivo infeliz se considera no senso comum que a maior influência intelectual de um indivíduo tem de ser a de seus pais?

Não pretendo me prolongar muito. O ideal seria videar alguma contra-argumentação para continuar esta exposição. Há muito tempo, me sinto aqui gavoretando odinoki.

Abraço, lindos.
Amo-vos.
Romeu.

2 comentários:

  1. Na verdade todos os homens tentam influenciar seus comuns,tentando convence-los com seus próprios ideais, a partir do momento que vos entrares em alguma discussão qualquer, obviamente, explanarás seus ideais, com intuito de fazer com que outros pensem igualmente a você, isto não se assemelha muito com a relação entre pais e filhos que acabaste de citar ?

    Com afeto; Anônimo.

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  2. Agradeço, antes de tudo, pelo comentário, caro anônimo.

    Messeio que SIM, todos os homens tentam influenciar seus comuns (e influenciam mesmo que não o tentem conscientemente) e a entrada numa discussão comum sem a consciência de que seu argumento influencia o interlocutor é um equívoco bastante visível.
    Entretanto, minha crítica no pequeno texto acima não é voltado a uma influência qualquer, e sim à influência do caráter punitivo: critico aqueles que colocam o amor em jogo numa discussão, enunciando subliminarmente: "se não concordares comigo, não terás meu amor" ou ainda "se não concordares comigo, não poderás sair "vais ganhar uns toltchoques".
    O que proponho é que essa forma de associação da discordância filosófica com o desamor é repassada indiscriminadamente em nossa educação e ISSO SIM poderia mudar, inclusive em benefício da influência dos pais sobre os filhos.

    Espero que tenhas conseguido captar-me querido drugui anônimo.

    Huggy-hugs e beijocas;
    Romeu.

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