terça-feira, 20 de novembro de 2012

Emersão, Raiva, Amor e Pseudoempirismo Idiota.

Olá, queridos droogies. Volto a vos escrever, depois de tão longo tempo (tempo este em que estive imerso em um mundo distante, profundo e denso), para expor algumas ideias de uma forma nova e em sequência.

Sobre a Raiva:


  • A raiva, meus amigos, ou a ultraviolência, como já tratei em outra ocasião, constitui-se da agressão reprimida (mesmo que logo antes de ser colocada afora através da ação - que não necessariamente é uma violência, mas sempre é ativa).
  • A raiva "concentra-se", frustra o corpo e se torna "raiva neurótica" quando se nega (mesmo que desviando ou mascarando) a sua expressão (a agressão).
  • No caso de frustração neurótica da expressão da raiva, é necessário trabalhar a) a CAUSA do desvio neurótico da raiva - de forma a "estancar" seu acúmulo e evitar futuras repetições do problema - e b) a energia desviada/acumulada - de forma a "colocá-la afora", restabelecendo o curso normal da energia: 
ESTÍMULO -> AGRESSÃO (REAÇÃO, AINDA QUE PACÍFICA)

Sobre o Amor:


  • Considero-o como sendo a UNIÃO, seja ela Física, Psíquica ou Filosófica. Livro-o, ao mesmo tempo, de todo o caráter obsessivo/compulsivo (normalmente associado a ele conceitualmente) e de qualquer outra forma neurótica a que o status quo associa-o.
  • .Não creio que a união institucionalmente regrada faça sentido: determine a instituição a monogamia (e/ou monoandria), a duração da união, a forma da união, sua estética ou seus limites. A união deve, creio eu, ser determinada pela vontade do indivíduo e pelo objetivo que o mesmo estabeleceu para o próprio processo, apenas. Assim, guiado seja o amor pela FELICIDADE.

Sobre o pseudoempirismo Idiota:


Quero tratar deste tema há muito-muito tempo, caros druguis. Quero pois entro diariamente em contato com atos e reações baseados estritamente nisso que chamo de pseudoempirismo idiota. No que ele consiste?
  • Consiste na posição diante da discussão que afirma que tudo que, a princípio, não é óbvio, não merece ser discutido. Provém, em geral, da indisposição à discussão filosófica, à crítica da validade do próprio argumento, à discussão subjetiva.
  • Esse pseudoempirismo ignora, por exemplo, todo o defeito a que está sujeito o aparelho sensitivo humano (especialmente o neurótico). Acredita que toda a verdade que ele não pode sentir inexiste PARA SEMPRE. Nesse ponto, nega o próprio progresso pela confiança em sua própria perfeição divina: "sou perfeito, meus sentidos são perfeitos, meus argumentos são perfeitos e minha consciência está pronta e não pode evoluir".
  • Em sua construção existe, provavelmente, uma ENORME quantidade de neuroses e não pretendo discorrer sobre todas elas além do caráter geral que apontei nos tópicos acima.

Creio que isto seja suficiente para a humilde volta de vosso narrador.
Abraço e sexo genital a vós, lindos e fofos loveques e devotchkas deste cybermundo-imundíssimo.
Até logo, espero;

Romeu.

Um comentário:

  1. Olá, vejo que quando você trata a raiva crê que ela se formula através de um "caminho" neurótico, digo-lhe que de pronto concordo.
    Porém, saindo do assunto "raiva" e seguindo o "neurose", gostaria de saber se você considera que a "evolução" (não encontro outro termo agora) de doenças pode se dar outrossim de maneira neurótica ?. Particularmente acredito que SIM, mas gostaria de saber sua opinião ou visão sobre, claro se possível for.

    Gentilmente; Julieta Capuleto. Hahah :)

    ResponderExcluir