domingo, 16 de setembro de 2012

O Partido

Olá, meus druguis - e este olá é quase que incomumente importante, após tanto tempo sem que eu escreva ter passado... Muitíssimo mais do que o habitual: desde o dia 24 de agosto, lindos companheiros, não escrevo nada neste nosso pedaço do cybermundo-imundo. Volto a escrever, após todo esse tempo, para fazer algumas colocações sobre o Partido (aquilo a que todo o pessoal starre denomina Estado).

Estando, em sua maioria, acostumados a videá-lo como imutável, sólido, essencial e benéfico à sociedade, os indivíduos,  em geral, esquecem de perceber algumas coisas sobre o "Estado" (e sobre o "não-Estado" - heh). Quero mostrar as que videio mais importantes.
1) O Estado precisa existir para os seres que não conseguem amar. Um videar utópico?
Suas regras e instituições servem para livrar-nos da injustiça, garantir o bem do povo que o construiu, mas todo o indivíduo que deseja justiça  e bem para si deseja também, através do amor completo, a justiça e bem para o outro... o que quero dizer luvêr que, se vos amo, meus druguis, sou justo convosco e ajo por vosso bem por idîn, não por lei. Se preciso da lei para desejar o vosso bem, é porque o amor não foi suficiente para garantir tal coisa. Se preciso do Estado para unir-me a vós, é por que o ódio garantiu que uma barreira se formasse entre nós e, para manter-nos juntos e evitar minha fraqueza, minha solidão, preciso que uma instituição de poder faça-nos unir.
2) O Estado, portanto, não precisa existir para os seres que conseguem amar. Se todos os seres humanos conseguissem amar uns aos outros intensa e ilimitadamente, compreendendo suas necessidades, seus problemas e sua thelema, e desejando o seu ibóg (a realização do projeto que construíram para si mesmos), não haveria violência que não a orientada à neurose, não haveria injustiça que não aquela que todos desejam findar na raiz, não haveria desigualdade que não a diferença.
3) O Amor é o caminho para o bom funcionamento de uma Anarquia. A extinção do poder que obriga os indivíduos a agir de forma viável à convivência em conjunto só é substituível pelo entendimento do benefício da união, presente no amor, que os faz QUERER agir de tal forma, mas não os obriga.

É claro que isso tudo que coloquei é extremamente básico, ignorando muitas especificidades e complexidades, mas, crendo que isso introduz, de forma satisfatória, o que penso sobre a premissa principal para a necessidade do Estado, o desamor, e sobre sua desestruturação através do amor, deixo-vos por aqui.
Espero que todos aqueles que tiverem opiniões divergentes possam expressá-las para que aqui gavoretemos e busquemos a aproximação da razão.
Um vôndoifinot Baaroç. Amo-vos dupliplusmuitão.
Romeu.

2 comentários:

  1. Felicitações,carx drugue. Não vejo outras soluções que fomentem a auto gestão senão as que tenham como base o amor, o diálogo, a horizontalidade. Não precisamos de violência- ela é uma coisa feia a que existe a troco de nada.

    Joguem flores na Geni,descartem os porcos, os partidos;
    fudei-vos e não multiplicai-vos.

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  2. Não creio que seja um "videar" utópico o seu, no que diz respeito a necessidade de um Estado àqueles que não conseguem amar, entretanto parece-me um tanto utópico acreditar que TODOS os seres humanos consigam amar intensa e ilimitadamente uns aos outros.
    Infelizmente, o ser humano considera a maioria de seus semelhantes como se fossem inimigos, adversários e antes de unir-se à eles prefere e/ou tenta destruí-lo(seja fisicamente ou "socialmente"). De qualquer forma, acredito que a sociedade atual carece de utopias e se conserva na base do desleixo. Antes do fim, quero felicita-lo pelo texto e pelo blog. Hugs and kisses a lot.

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