O cérebro me presenteia com uma dupla sensação de leveza e imobilidade. Sob uma perspectiva, o peso do corpo diminui quando ele não é habitado. Em termos relativos, porém, o seu peso é infinito. A energia para movê-lo tende (mas nunca chega) a zero.
O processo se completa através do sono amnésico, muitas vezes literal. É a evitação experiencial perfeita (mas não quero me gabar). A sensação de reboot ao acordar é o verdadeiro milagre dessa fuga. As cognições que me levaram até ali não existem mais enquanto comportamentos. A estrutura está toda ali (o perseguidor, a tralha, o caos), mas nada disso foi executado ainda. Uma oportunidade para clicar duas vezes em "Resolução de Problemas.exe", eventualmente disparando também alguns cavalos de troia e chegando (espetacularmente) ao mesmo lugar de antes. Como somos da geração 1990, é lícito que simplesmente rebootemos de novo. Próximos passos seriam assoprar a fita, ou limpar o CD com um pouco de álcool.
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